Do diário do meu pai ao meu próprio recomeço

Casual Friday #061

Esses dias a minha mãe me ligou para dizer que tinha achado uns documentos antigos meus e que ia deixar aqui em casa. Acrescentou que também tinha um diário antigo do meu pai e algumas outras coisas que ele escreveu que eu poderia ter interesse. Entrar em contato com esses registros despertou em mim um misto de admiração, curiosidade e tristeza. Curiosidade porque queria saber o que se passava na cabeça dele para escrever e pesquisar sobre o que ele pesquisava. Tristeza por não poder. Eu acho engraçado como a ausência de alguém é um sentimento que persiste, independente de quanto tempo passe.

Meu pai faleceu quando eu tinha 15 para 16 anos, mesmo assim volta e meia eu sou pega por uma tristeza enorme, uma lembrança forte, um desejo profundo que, muitas vezes, acaba em lágrimas.

Nas últimas semanas meu pai esteve mais presente na minha memória. No fim de março fomos para São Paulo passar um final de semana na casa do meu tio, junto com a minha avó, no conjunto de condomínios fechados qu…