A liberdade que parece que perdemos e o croquete de frango da Nina
O medo de perder algo que conhecemos muitas vezes nos faz deixar de viver coisas inesperadas, incríveis e especiais.
Eu me surpreendi.
Me surpreendi com como eu gosto de ser mãe. De como tenho gostado de cuidar de um serzinho tão dependente. De como não tenho me sentido sufocada por isso.
Veja bem, eu nunca achei que ser mãe me faria uma mulher realizada. Para mim, realização sempre veio em independência (financeira, social, intelectual).
Portanto, ser mãe, para mim, ia justamente tirar essa minha realização.
Por isso, eu tinha muito medo de virar mãe, de ter filhos e deixar de ser eu mesma. Pavor de virar um “perfil de Instagram de mãe ou maternidade”. Achava o fim, uma chatice…
O meu medo vinha acompanhado da falta de interesse pelo universo maternal.
E assim, eu provavelmente excluí mulheres por terem se tornado mães.
Eu fiz isso e não sabia que estava fazendo. No meu universo daquela época, maternidade e afins não eram assuntos que me faziam pensar e por isso eu basicamente não enxergava o que essas mulheres podiam estar passando. Eu apenas não tinha interesse.
Mas não era bem sobre elas. Era sobre mim…